domingo, 27 de junho de 2010

Tudo ao mesmo tempo

Duas boas sacadas de uso inteligente do mar sem fim de informações que a internet usa pra nos escravizar.

Você, como eu, sempre quis saber quem foi a primeira pessoa a descobrir aquele vídeo sensacional que viralizou de ontem pra hoje? Ou entender como todo mundo fica sabendo de uma piada que tá rodando todas as caixas de entrada - menos a sua?

Cadastre-se no StumbleUpon. A rede tem uns 40 assuntos/gêneros de conteúdo - selecione os que são do seu maior interesse e ela faz todo o trabalho duro de navegar por você. O melhor é não precisar entrar sempre na própria home pra fazer a busca: crie um link direto na sua barra de favoritos e pronto.
Cansou de fuçar as fotos dos outros no Orkut ou caçar vídeos engraçados no YouTube, só clicar em Stumble! e ir embora.

A segunda sugestão é pro filho de 15 anos do Google: Spezify.
Digite qualquer coisa, e a rede constrói um quebra-cabeça de resultados da busca contendo de tudo um pouco: fotos, vídeos, textos, referências, citações no Twitter.
Alguns outros sites também já fazem isso, mas a facilidade de navegação do Spezify explica sua popularidade. É possível selecionar o tipo de resultado que você pretende, reconhecer apenas no toque do mouse a fonte da informação e priorizar a busca.



Agora, enfim, dá pra navegar direito.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cidadão de onde

Meu pai é mestre em Programação Neurolingüística. Tem uma empresa disso, até.
Isso significa que ele ensina os outros a entenderem e administrarem comportamentos através de técnicas de linguagem cerebral.

Além de fazer isso muito bem, propriamente - em outras palavras, ele lê a mente das pessoas.

Sendo filho dele, inevitável ter sido impregnado por esses ensinamentos desde o berço. Cresci ouvindo que fui criado para ser cidadão do mundo, sem amarras e apegos. Graças a Deus.

O ponto é que ser cidadão do mundo é trabalhoso. Sua casa é grande demais e ter parente em todo canto faz a saudade aumentar!

É engraçada essa história de desapego.
As referências são, na verdade, casos pra se contar. Poucas vezes são pessoas, lugares ou cheiros. Meu cérebro foi treinado a acreditar - e a gostar muito - de que isso tem em todo canto! É fácil, bem fácil.

É certo, também, considerar que a maturidade em aceitar essa condição genética (quase!) não pôde ser comprada. Muita adaptação cruel teve que se arrastar pelo caminho.

A vida montada em fases e o ritmo acelerado sempre em busca de alguma, qualquer coisa, me fez estabelecer alguns princípios inconscientes (e difíceis de terem sido buscados pra listar aqui):
1. Não consigo me despedir de nada - amigos conseguem rapidamente perceber isso em qualquer ambiente;
2. Sei todas as datas e eventos dos próximos sete finais de semana - dos últimos, devo me lembrar apenas de algum som ou imagem borrada;
3. Tenho um amigo pra cada coisa;
4. Posso ser shape, hang, thrust ou swing, pede pro contexto me dizer (*em tempo: esses são os quatro tipos de personalidades humanas de acordo com a PNL, a tal brincadeira de ler a mente dos outros);
5. Não valorizo erros, eles passam. Podia ser pior;
6. Acho que tudo não passa de uma grande brincadeira.


Estar solteiro, morar sozinho e cuidar de uma tartaruga não são desapegos - isso também ainda vai passar!
O que fica é a insaciável valorização da independência e da autenticidade, certo de que a minha cidadania sem carimbo ainda vai me fazer conhecer muito parente...


quarta-feira, 23 de junho de 2010

É o amor

Você não sabe se ri ou se chora com essa menina.
Só dá pra concluir que a mãe é a responsável pela invenção da expressão coração de pedra.

YouTube-se!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Na casa da copa

Genética é uma merda, tem hora.
Sobreviver no Brasil não gostando de futebol é tarefa árdua, cotidianamente testada sem dó. É foda!

Mas como dá sempre pra tirar o melhor de alguma festa, a boa de copa do mundo é a própria! Vuvuzelas (já virou clichê, inevitável citar) à parte, ver todo mundo morrendo de rir num trânsito engarrafado às 15h de uma terça é fenômeno exclusivo.

O bom da festa da copa é que qualquer lugar é lugar. Não tem erro.
Mesmo assim, vale aproveitar direito a regalia do fim precoce do expediente!
Nessa, meu conselho vai pra Ragga Casa da Copa - empreitada do portal Ragga com o Artesanato do Japa.
A casa funciona ao lado do Artesanato, em todos os dias de jogos do Brasil e também aos finais de semana.

Só que mais importante do que a cerveja liberada, gente bonita e som de qualidade, a Casa da Copa oferece uma das sacadas mais geniais em termos de buzz nos últimos meses: as latas falantes da Skol!

Quem acha que a campanha foi só pra tirar sarro dos argentinos, sugiro ficar bem atento antes de tomar a sua.
Ações que modificam o próprio aspecto do produto, e ainda numa escala relativamente pequena (a Skol produziu 1 lata falante para cada 2.716 normais), evidenciam por natureza transgressão e ousadia.
A reação vai bem além da surpresa ao ouvir uma lata falando com você - coisa que pouquíssimos conferirão ao vivo: o impacto what the fuck os caras foram inventar é a essência do viral.

Você não precisa achar uma dessas. E muito provavelmente não vai.
Porque a Skol conseguiu exatamente o que queria: um bando de gente falando dela por conta de uma campanha com um conceito bem amarrado e um impacto violento.



E eu não bebo Skol. A cerveja é ruim.
Mas ontem enchi a tampa caçando uma lata pra falar comigo na Casa da Copa!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Hype-se

#nowplaying Robyn - Dancing on My Own (Buraka Som Sistema)



Música virou commodity, engana-se quem ainda considera um hobby.

Estar 24h conectado inclui inerentemente estar 24h com alguma trilha sonora - mesmo que como chiclete na cabeça.
O rádio do carro tem as seis estações bem pré-definidas e um pack com uns trinta CDs. E a saciedade pelo máximo se materializou num iPod com bizarros 160GB!

É música pro resto da vida.

A vontade de ser DJ criou-se além da paixão por música eletrônica - mas, também, pela inquietude de consumir o que há de mais novo, sempre, o tempo todo.
Penso eu que é pra saciar outro hábito: ancorar experiências em trilhas sonoras! Nisso eu sou bem viciado.

E essa semana descobri meu mais novo brinquedo: The Hype Machine.

Uma espécie de webrádio, pra compartilhamento do que há de mais recente e bom. A ideia foi sacal: encontraram um x número de blogueiros referência em música pelo mundo todo, líderes de opinião nos mais diversos gêneros. A timeline do Hype Machine é constantemente atualizada pelos hits que são postados nesses blogs - de indie rock a música eletrônica (até agora, só música gringa).
Você ouve na hora e não há limites de tempo ou quantidade de músicas, como o Pandora ou o Last.fm.


Se criarem um aplicativo do Hype Machine pro Blackberry, as seis estações do rádio do carro não serão acionadas mais por um bom tempo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tô ficando nerd?

(Já tive essa referência, há anos-luz. Nem lembro dela direito. Ahan, senta lá.)


Hoje aprendi alguns pontos sobre a tendência cultural brasileira, imerso em um dos aquários do escritório, pesquisando num processo sem fim de inspiração de ideias (dá-lhe Businness Plan 2011!).
Li alguns pontos interessantes (como o fato de a cultura brasileira ser tipicamente pautada numa cultura de festa), mas o que mais me chamou a atenção foi a tendência que diz que "nerds são a nova onda".

Pior: ser nerd, hoje, é ser autêntico e estar na moda.
E o que define o nerd hoje? A pluralidade de contatos, gadgets e intenso envolvimento com a internet.
Fudeu, demais.
Acho que sou um nerd.

A necessidade absoluta de conexão já me trouxe dois celulares (um rádio e um 3G), três iPods e carregadores de bateria de todas as possíveis situações.
(Acabei de contar: um no chão do quarto, um no chão do escritório, um na mochila, um no carro e um cabo USB também na mochila)!




Uma pesquisa do portal ProXXIma identificou a faixa etária e perfil dos usuários frequentes do Twitter no país. Posso dizer que eu sou o perfil médio.

Engraçado a relação com redes sociais e internet que foge do modismo, mas vira automático como trocar marcha: a primeira coisa que faço ao acordar (mentira, a primeira coisa que faço depois de disparar três sonecas) é twittar.
Fudeu, eu sou o tal nerd.

E bem-vindos à mais nova empreitada de tentativa social no meio virtual!
Demorou, mas saiu.
Só acho que o link não vai caber junto ao Facebook, LinkedIn, StumbleUpon, YouTube, Twitter, Orkut, TinyURL, Pirate Bay, Google, Google Maps, Google Tradutor e LOST blogspot na minha barra de ferramentas.


Fudeu, mesmo.